TEU NOME

Adeus! A vida é breve! O risco acena

Paisagens que jamais terei por certo,

A dúvida plangente do deserto

À foz que se deitou na alma plena.

Por mim, que nunca disse a essa pena,

Voltado sobre os ares quando perto

E longe, o coração que diz apenas:

“Teu nome quero ter no fim incerto”.

Mas como mergulhar nos sentimentos,

Se tudo o que senti foi de tormentos,

Se tudo o que vivi, findou-se ao pó?

Teu nome ainda vibra, e eu me perco,

Pois quando nas agruras do teu cerco

Eu mesmo sou de mim o nosso nó.