O MISTÉRIO
Dopado em vivência de brutos metais,
goteja no tempo o sorriso cativo
e segue à procura de norte, um motivo
que o ceda sorver os condões matinais.
E não conseguindo acender a razão
de tantos perdidos combates, delírios,
desfaz-se arrancando explosivos no chão,
ocultos por falsos encantos de lírios.
Já quase banido se lança na esfera,
tentando entender a existência de surras,
enquanto, na essência, a incerteza chamusca.
Domar o mistério da vida, ele espera...
Mas antes de ter o sentido das curras,
falece esmagado no centro da busca.