ANDORINHA
Quem cortou as asinhas da andorinha
a flanar, mutilada, em meu canteiro?
Ai, ai, ai! Tenta o voo e desalinha,
não vai mais alcançar o abacateiro!
Dá pulinhos, caçando o paradeiro...
Indefesa, no solo se definha...
Era seu o esplendor do céu inteiro...
Que saudade do vento em sua asinha...
Ela não conseguiu fugir, perdida,
do brutal caçador voraz, malino
de estilingue às pedradas; tirania!
Andorinha esvoaçava em minha vida,
mas feriu-se às pedradas do destino!
Pobrezinha andorinha da alegria...
(Primeira publicação em 06 de dezembro de 2011).