Soneto: meu puro remédio
Para amenizar a dor e encontrar prazer na vida
Persigo o bom-humor e fujo da intemperança
Desperto dentro de mim, o brincalhão, a criança
Uma paixão que passou e aos poucos foi esquecida
Há tanto para lembrar até mesmo despedida
Quando me fugiu a fé, depois me veio a esperança
Quando venci tempestades pra desfrutar brisa mansa
Já bebi e já provei, da descida e da subida
Aprendi a me curar, depois de cada batalha
Aprendi pegar atalho, e evitar a procela
E passei a entoar cantigas de quem trabalha
E sabe qual o remédio pra curar meu coração?
É um acorde maior, que brilhe mais que uma vela
E cantar uma cantiga ao som de um violão.
Russsa, 8 de abril de 2013.