Escritos de mim
Quando eu escrevo me transporto para o papel
Aquele estado febril que sinto na letra transpira
Com um verbo caricaturo e pinto um carrossel
A simples reticência em extensão sempre vira!
Em linhas e entrelinhas atiro todo o sentimento
Como se a folha em branco criasse a própria voz
Nessa mutação a imaginação voeja com o vento
É uma força que me arranca de mim feito algoz!
E estendo-me em aquarelas de todos os matizes
Então me debruço na janela para me ver passar
Virando a esquina da página, flores a me esperar!
Eu escrevo sobre tudo e não preciso falar de mim
Pois há muitos “eus” refletindo nos meus versos
Cristais de minh’alma e nudez de meus reversos.
Uberlândia MG
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