Escritos de mim

Quando eu escrevo me transporto para o papel

Aquele estado febril que sinto na letra transpira

Com um verbo caricaturo e pinto um carrossel

A simples reticência em extensão sempre vira!

Em linhas e entrelinhas atiro todo o sentimento

Como se a folha em branco criasse a própria voz

Nessa mutação a imaginação voeja com o vento

É uma força que me arranca de mim feito algoz!

E estendo-me em aquarelas de todos os matizes

Então me debruço na janela para me ver passar

Virando a esquina da página, flores a me esperar!

Eu escrevo sobre tudo e não preciso falar de mim

Pois há muitos “eus” refletindo nos meus versos

Cristais de minh’alma e nudez de meus reversos.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 27/03/2013
Código do texto: T4211106
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