Soneto a Pinto do Monteiro
Foi autêntico Pinto do Monteiro
Ninguém teve de Pinto a ousadia
Em cantar com tanta ideologia
A desgraça do povo brasileiro
No repente invulgar do companheiro
A gente sente o rigor da ironia
Deste gênio fiel da cantoria
Um Gregório de Matos prazenteiro
Pinto tinha visão do seu repente
Duelando açoitava muita gente
Mas não disse à ninguém o seu segredo
Na viola topou qualquer rebu
Pisou gente no grande pajeú
Que até hoje o seu nome causa medo
Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.