Soneto pavor ao silencio
Ô povinho sem-vergonha!
Ô vidinha malfadada!
E a língua não para nada!
Espalhando a peçonha!
Povo sem reflexão!
O que importa é não calar!
É falar, tagarelar!
Quase sempre sem razão
Sem silencio e decência
Vivemos a decadência
Melhor seria um degredo
Esse tumulto do cão
Só me traz a conclusão:
Não existe mais segredo!