Soneto Lampião em Vila Bela
Vila-Bela reduto tenebroso
Valhacouto da saga do cangaço
Virgulino Ferreira esse madraço
Matou gente e tornou-se perigoso
Saturnino nefasto e mentiroso
Expulsou lampião do seu regaço
Antonio da Matilde outro devasso
Também fora bastante impetuoso
Nesse berço de crime e de balela
Desmoronou-se a tosca Vila-Bela
Num proscênio de monstros bestiais
Essa mágoa seu povo inda conserva
Quando recorda os feitos da caterva
Que abalara os costumes sociais.
Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.