Soneto a minha mãe
Dos carinhos de mãe que tive outrora
Eu não posso esquecer um só segundo
Neste afeto materno e tão fecundo
Eu mergulho o meu pranto nesta hora
A saudade materna inda vigora
Neste filho que vaga pelo mundo
A procura de um lar sacro e profundo
Que a sorte vandálica jogou fora
E num sonho macabro eu vi surgindo
Minha mãe a falar com gesto lindo
Nos mais toscos problemas conjugais
Na distancia cruel da minha casa
A tristeza hedionda me extravasa
Quando lembro os carinhos maternais
Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.