Soneto a um menestrel morto
Foi Zé mota pinheiro um bom amigo
Um segrel que cantava nossa mata
Na ciência estética e abstrata
Ele tinha por certo um dom consigo
Pereceu já marchou para o jazigo
Onde está a matéria putrefata
Chora a família dizendo: morte ingrata
Você matou papai nosso rabigo
Parou a musa do vate momentâneo
A terra ingrata irá comer seu crânio
Enquanto a alma percorre o ecumênico
A sua verve autentica já calou-se
Seu espírito enérgico libertou-se
Pra viver com Jesus no mundo edênico.
Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.