A Árvore da Vida
Cresce, aceleradamente, a ávida semente
Transforma-se, logo, em uma grande planta
Cheia de espinhos; mas que logo encanta
Aqueles, que a árvore olham, fixamente
Com seus frutos coloridos e suculentos
Folhagens verdes, vermelhas e amarelas
As fortes raízes, donde apegam-se a elas
As raízes d'outros troncos tão opulentos
Cresce, cresce... mais, mais, e muito mais...
A arvore, em sua ganância, nunca, jamais
Deixará que algo lhe interrompa em vão
Alcança, então, o tamanho máximo possível
E, como nunca poderá chegar ao inatingível
Desaba, tão rápido quanto cresceu, ao chão
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Esse poema foi originalmente publicado no livro "O Exterminador de Sonetos" (1ª e 2ª edição)