O que não se esquece

Depois de tanto tempo sonhar fantasias,

Este pensamento com que estás afligido

É o resto final do que foi medido.

É muito pouco daquilo que querias

E, de repente, depois de tantos dias

Chegando como quem chega do nada,

Sem pedir licença nem pouso de parada

Como é que o coração cuida de todas as agonias?

Chegou com Neruda sem contar nada do que sente,

Não compartilhou do mesmo descuido

Ou será que não escuta o coração da gente?

Mas todo o carinho quer entrar no soneto,

Porque sabe que quando adormece

Há de ser mais um sonho que não se esquece.

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L Figueiredo
Enviado por L Figueiredo em 19/02/2013
Reeditado em 19/02/2013
Código do texto: T4148383
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