Senilidade muda

Nas manhãs frias, ela ali, sentada ao sol

E uma paixão aquecia o inverno da alma

Lá na esquina virando, ele e seu cachecol.

O seu coração se acelerava e batia palma.

Naquele encontro se via a chave de tudo

Que a idade para o sentimento não conta

Mapa que era pintura de um amor mudo

Uma linguagem que faz da pessoa tonta!

Tontos nos gestos, e entrega verdadeira.

O tempo invejoso não consegue escutar

E aquele sentimento falava com o olhar!

São braços que se abraçam sem palavra

Lábios que se beijam com verbo em ação

Madurados e amor absoluto no coração.

Uberlândia MG

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 16/02/2013
Reeditado em 16/02/2013
Código do texto: T4143752
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