Senilidade muda
Nas manhãs frias, ela ali, sentada ao sol
E uma paixão aquecia o inverno da alma
Lá na esquina virando, ele e seu cachecol.
O seu coração se acelerava e batia palma.
Naquele encontro se via a chave de tudo
Que a idade para o sentimento não conta
Mapa que era pintura de um amor mudo
Uma linguagem que faz da pessoa tonta!
Tontos nos gestos, e entrega verdadeira.
O tempo invejoso não consegue escutar
E aquele sentimento falava com o olhar!
São braços que se abraçam sem palavra
Lábios que se beijam com verbo em ação
Madurados e amor absoluto no coração.
Uberlândia MG
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/