Gostava de parar mas não consigo
Que estranho fervor este que me impele
Os versos escrever sem uma pausa
Procuro que o segredo me revele
Procuro dentro de mim qual a causa
Sinto amadurecer em mim ideias
Que combinam as rimas par em par
Ao compor, sem saber, as melopeias
Peneiro as palavras sem parar
O dia não é dia sem soneto
A ligar a quadra com terceto
Na fusão do calor que me agasalha
Dou asas pra voar em uma urgência
Apesar de pôr nele a reticência…
Anseio obra perfeita não limalha