Cavaleiro andante
Se eu fosse cavaleiro de outras eras
E um lenço me desses como prova
Do amor que me tinhas, eu em trova
Alegre cantaria o que me deras
Pelejava moinhos com demência
Procurava em cavernas o dragão
E das tripas fazia coração
Para levar de vencida tua ausência
E quando as forças de mim apartassem
Recobrava-as no odor do teu lenço
A lembrar o lugar onde pertenço
E quando em mim as pernas falhassem
Volveria ao teu seio, minha amada
Pois por amor correra longa jornada