Último soneto sobre o amor

Jamais escreverei versos de amor

Porque não sei o que é. Só de pensar

Estranho calafrio faz gelar

As certezas geradas no calor

São momentos vividos. São tormentos

Em formas de lembranças que me dão

Como frageis os elos da paixão

E me dizem que o amor são argumentos

E obstinado luto contra o amor

Que me quer envolver em frias névoas

Perpetuar momentos sem dar tréguas

Sei que o amor é sempre átrio de dor

Sei também que arrepia a minha pele

Só não sei porque não vivo sem ele.

Antaco
Enviado por Antaco em 05/02/2013
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