Último soneto sobre o amor
Jamais escreverei versos de amor
Porque não sei o que é. Só de pensar
Estranho calafrio faz gelar
As certezas geradas no calor
São momentos vividos. São tormentos
Em formas de lembranças que me dão
Como frageis os elos da paixão
E me dizem que o amor são argumentos
E obstinado luto contra o amor
Que me quer envolver em frias névoas
Perpetuar momentos sem dar tréguas
Sei que o amor é sempre átrio de dor
Sei também que arrepia a minha pele
Só não sei porque não vivo sem ele.