O OUTRO SER

E sobre um dia de alegria veio a treva

Sobre as nossas cabeças, a escuridão,

Um outro ser estranho, um fero cão,

Tomou lugar de mim, alma maleva.

Inconsciente, absente, que eu deva,

A vida a ela, livrá-la da má impressão,

Do manto negro sobre o frágil folião,

Onde estará alvura que minh´alma leva?

Mas como pôde o amor se esconder

E dar lugar à este tão maldito ser,

Que nunca vi, que desconheço.

Porque o que me ocorreu não entendi

E tudo quanto fiz eu mesmo não vi,

Pois sair o mal de mim eu não mereço.

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 05/02/2013
Código do texto: T4124474
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