Ontem vi do teu rosto cair lágrimas

Ontem vi do teu rosto cair lágrimas

De pranto sem parar, numa cascata

Não lutei. Naufraguei que na dor que me ata

Aos nós em que te prendes e sublimas

Sê crisálida e não temas mudanças

Aguarda paciente o futuro

Não construas à tua volta um muro

Não faças do amor vãs as esperanças

Noite sem dormir. Noite de uma insónia

Em que se tecem fios da memória

Enquanto dormes plácida a meu lado

A incerteza em ti é vento medonho

Sopra dentro e por fora e arrasta o sonho

Num trotar de cavalo não domado

Antaco
Enviado por Antaco em 04/02/2013
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