Ontem vi do teu rosto cair lágrimas
Ontem vi do teu rosto cair lágrimas
De pranto sem parar, numa cascata
Não lutei. Naufraguei que na dor que me ata
Aos nós em que te prendes e sublimas
Sê crisálida e não temas mudanças
Aguarda paciente o futuro
Não construas à tua volta um muro
Não faças do amor vãs as esperanças
Noite sem dormir. Noite de uma insónia
Em que se tecem fios da memória
Enquanto dormes plácida a meu lado
A incerteza em ti é vento medonho
Sopra dentro e por fora e arrasta o sonho
Num trotar de cavalo não domado