A MINHA OCUPAÇÃO
Viver o ócio, disposto à liberdade,
Que decidi por ti viver inteiro,
Mas se vivo o ócio nesta idade,
O ócio que vivo me ocupou primeiro.
Julguei na minha clausura uma verdade,
Que se me ocupo agora, derradeiro,
Já não terei tempo noutra atividade
Do tempo que me dei por companheiro.
Foi o tempo livre que me fez liberto
Da ocupação da mente com a aflição,
Já não me aflijo com o bem que me oferto.
Porque agora tu me ocupas todo,
O tempo, a mente, o cativo coração,
E ocupado fico todo em teu engodo.
(YEHORAM)