CANTATA DO PECADO MALDITO
Suplico aos céus; suplico aqui no chão;
O perdão ao pecado, que o mal mata
E cerra em meu doído coração,
Nesta chorosa e fúnebre cantata!
Usurpei e violei corpos perdidos,
Na doente volúpia que eu carrego.
Castigo de um passado meu, agredido,
Onde mi’alma afligiram com pregos!
Em poucas horas vai a carne morrendo,
Livro-me da sina e o seu corpo horrendo;
Minha maldição ruma ao infinito!
Livro o meu eu carrasco, deste luto...
Dos anjos, lindos cânticos eu escuto;
É o fim, de um pecado tão maldito!