NÃO SEI...
Não sei se tenho saudade do Amor,
se é de mim mesma que tenho saudade...
Tão difícil me é viver nesta irrealidade,
nesta quase inexistência...sem fulgor!
Vivo sem viver; existo numa vida sem cor.
Debato-me com um excesso de liberdade
que afinal só me prende nesta ansiedade,
deixando-me numa solidão feita de dor...
É como morrer de sede à beira duma fonte.
É como olhar o mar sem nele poder entrar,
chegar à outra margem sem que haja ponte!
Fujo do que desejo. Tenho medo de encontrar.
Receio cair no vale, após ter subido o monte!
Mas gostaria de viver... p’ra me reencontrar!...