Não há motivos para festa, ora esta, eu não sei rir à toa!
Belchior
Oh! Esta Terra tão enfadonha
Torna-me a vida mera balela
Sinto asco desta gente risonha
Que devia fenecer junto dela
Envolta em genéricas desgraças
Geradas pelas corjas dementes
Ainda assim eles rogam por graças
E logo então arregalam os dentes
Que a morte me arranque da vida
Livrando-me assim os tímpanos
Dessa gente podre e decaída
Não sei rir nessas orgias fluentes
Tampouco nas alegrias humanas
Pois só os vermes verão meus dentes
Maio de 2009