A MINA
Ó luz, intensa luz que me ilumina!
E inexplicavelmente me seduz,
Me trague deste escuro desta mina
Que me tragou por pedra que reluz.
Tão cego com minha alma pequenina,
Do meu garimpo só sobrou-me a cruz
Na qual ora me apego, ó luz divina,
Para a libertação do que me expus.
Ah, quanta vida já deixei de lado!
Buscando não sei quê, a me enganar.
A preciosidade é um bem guardado,
É o ouro cujo brilho não tem par,
E está bem lá no fundo iluminado
Do nosso coração, basta enxergar.