O CAMALEÃO DE FOGO

Camaleonicamente, ajeita a cama

leônica da mente que se enfeita

de tanta gente estranha, cava fama

e esconde sua estampa mais malfeita.

Em brasa mui vibrante, ateia a chama

que o faz brilhar, enquanto fica à espreita

da presa sem defesa, presa à lama

que encanta-se à candência tão perfeita.

Devora o alheio corpo, rutilante

e sai e acena a flama serpeante

em busca de outros novos sortimentos.

Na imagem majestosa, em fogo, ardência,

disfarça a verdadeira consciência

ansiando atar os próprios banimentos.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 22/12/2012
Código do texto: T4048140
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