CIO EM SILÊNCIO
Qual sino agudo que em noites escuras
Em tom compassado e baladas seguras
Esse silêncio em meus tímpanos ecoa
Que cansados estão de vibrarem à toa
Pois se a mudez do gritar atormenta
Essa vontade de calar é que lamenta
Oportunidade que no tempo, perdida
Se a realidade ao que fomos convida
Por quê o calar desse grito incontido?
Até quando guardar o sonho oprimido?
Até que emergido o monstro da lagoa?
De sonhos calados, há muito vencidos
Nesse silêncio a pulsar meus ouvidos
Que cansados estão de músicas à-toa...