DEIXEM-ME CHORAR
Depois que o sol se põe de modo brando...,
Vou abrigando em meus velhos sofrimentos,
As minhas paixões das quais vou lembrando,
E faço-me de réu por julgamentos.
Como um juiz..., sobe no altar a tristeza
Que lê a minha sentença lentamente.
E na propensa culpa da incerteza,
Eu..., mais uma vez, choro novamente!
Choro vestido em sonhos esvaídos,
Que o regozijo de volta não traz;
Aos momentos que a mim não pude honrar!
Do ardume em meu peito e de anjos traídos,
À penitência que em dor se desfaz...;
Ó, por favor, deixem-me aqui a chorar!