DEIXEM-ME CHORAR

Depois que o sol se põe de modo brando...,

Vou abrigando em meus velhos sofrimentos,

As minhas paixões das quais vou lembrando,

E faço-me de réu por julgamentos.

Como um juiz..., sobe no altar a tristeza

Que lê a minha sentença lentamente.

E na propensa culpa da incerteza,

Eu..., mais uma vez, choro novamente!

Choro vestido em sonhos esvaídos,

Que o regozijo de volta não traz;

Aos momentos que a mim não pude honrar!

Do ardume em meu peito e de anjos traídos,

À penitência que em dor se desfaz...;

Ó, por favor, deixem-me aqui a chorar!

Setedados
Enviado por Setedados em 18/12/2012
Reeditado em 19/12/2012
Código do texto: T4042619
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