Teu Livro
Amada, teu carinho me transporta
Ao pélago infinito vaporoso;
Meu coração deságua rios de gozo
Onde a doçura, mansamente aporta.
Toda lembrança fere, mas conforta,
Deixando um rastro pálido... moroso;
Meu coração deságua tão choroso
Ao ver partir a sombra pela porta.
Meu coração... antigo muro branco;
Antigo livro alegre, aberto e franco
Página tua, amada... teu amigo...
Meu coração... hoje padece só;
Restando traça e fungo sob o pó!
Meu coração hoje é teu livro antigo.
17 de Dezembro de 2012
Nestório da Santa Cruz