AMANHECER DE VERÃO
Repentinamente surge um imenso clarão
Acentuando lentamente a alvorada nua
Dissipando com veemência a escuridão
Riscando do firmamento estrelas e lua
Um luz incandescente ladrilha o mundo
Deixando colorida a exuberante natureza
Emoldura-se um azul celeste profundo
Na terra, o sol espelha brilho e realeza
O calor chega para aquecer a frigidez
Que a brisa deixou na sua insensatez
Em mais um alvorecer da fria manhã
Embora em teu semblante veja lírios
Meu coração sucumbe em martírios
De não poder te envolver em meu divã.