Acabou de Morrer
Ela morreu. Lá fora chove tanto...
Lavando a estrada em larga despedida.
A natureza dantes refletida
Naquela face. Hoje é só mágoa e pranto!
Tão meiga e fria em pulcro e vil encanto;
Um anjo airoso! a vida reprimida...
A flor tão branca, foi por Deus colhida
Para habitar - talvez - outro recanto.
Que bela e pura! E magra e tão pequena...
A face altiva hoje é feliz, serena...
Modesta roupa em frágil perfeição;
Dedos que obravam, hoje frios, parados;
Seus olhos vivos, hoje estão cerrados;
Funesta imagem d'anjo em oração!
11 de Dezembro de 2012