DIVA MORTA
É uma grande fortuna em meu suspiro,
Porque aqui ao seu jazigo me concentro;
No mesmo alvitre que aqui ao que te admiro,
Se eu em vida em você morta, entro...!
...Como fosse alimento esta saudade,
Que eu sinto do teu corpo muito lindo;
Da tua face que é a imortalidade;
E do teu amor no meu peito cingindo!
E as flores, pelas lágrimas regadas
Revivem; do teu abrigo eu a retirando,
Toda vez que contigo conversando...,
...Eu estiver. Nossas vozes bem guardadas,
Que nesta paixão vão se eternizando,
Quando a morte a mim vier enfim chegando!