MEU FADÁRIO
Proposto ser que sou a recolher-me aqui,
Pelo gosto leve em toxina até a veia;
E tudo o que ofertou, eu escolhi-me a ti,
Ó vida má - que quão vela se incendeia!
Queimando-se as razões; sonhos matados;
Promessas vãs e pérfidas; feridas
Em sangue no peito e aos egos vazados
Nas lágrimas..., quão ceras derretidas!
Malograda a esperança, que de irosa
Revoltara-se em forma de impropério;
Tinha fria e morta, a fé, condecorosa!
Engolia-se a vida por critério,
E pela estrada, mi’alma lastimosa...,
Esquecia o corpo podre a um cemitério!