MEU FADÁRIO

Proposto ser que sou a recolher-me aqui,

Pelo gosto leve em toxina até a veia;

E tudo o que ofertou, eu escolhi-me a ti,

Ó vida má - que quão vela se incendeia!

Queimando-se as razões; sonhos matados;

Promessas vãs e pérfidas; feridas

Em sangue no peito e aos egos vazados

Nas lágrimas..., quão ceras derretidas!

Malograda a esperança, que de irosa

Revoltara-se em forma de impropério;

Tinha fria e morta, a fé, condecorosa!

Engolia-se a vida por critério,

E pela estrada, mi’alma lastimosa...,

Esquecia o corpo podre a um cemitério!

Setedados
Enviado por Setedados em 07/12/2012
Código do texto: T4024808
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