ABISMO

Com minha mão quente,

Sobre a sua mão fria,

Não sabe a dor que me cria,

No corpo que ainda te sente.

Dormindo seu sono inocente,

Para onde mais você iria,

Se abisma diante a vida que abria,

A porta e agora se fecha eternamente?

Com o chão abaixo dos pés se abrindo,

O abismo te engole e a luz vai fugindo,

Quando vem sete palmos de terra cobre,

Então eu volto sozinha para casa,

Perdendo do meu coração, a brasa,

Esperando a mesma terra que te encobre.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 25/11/2012
Reeditado em 22/01/2015
Código do texto: T4004936
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