ESTELA
Ainda morta é tão bela, bonita,
Como se fosse ao dia, acender,
E da sombra maléfica se esquecer,
Para na terra ter uma vida infinita.
Mas é como a pedra brita,
Gélida,nunca irá aquecer,
E no estado inativo do seu ser,
Será a caveira erodida na cripta.
Dormirá no gelo, sombria, sozinha,
Enquanto na terra em que se caminha,
Eu me chorarei em eterna sentinela,
Diante da cripta que te dará guarida,
E na lápide para que não seja esquecida,
Gravarei em pranto: Adeus! saudosa Estela.