ESTATUETA DE GELO

Ficarei como a pálida estatueta de gelo,

Exposta ao poder do árduo vento,

Ficarei vazia, negra de sentimento,

Sem clamor, suplica ou apelo.

Em mim descerá os danos do selo,

Rompido pela morte no último momento,

E meus olhos expelirão um imenso alagamento,

Quando a neve adentrar pelo meu tornozelo.

Serei como a fria eterna estatueta,

Com a caída asa de borboleta,

Impedida de voar pelo estado congelante.

Dentro de mim haverá a letargia,

Dia sem a noite, noite sem o dia,

Um eterno silêncio,um vazio constante.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 22/11/2012
Código do texto: T3998893
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