A PAPAI
A PAPAI
Papai, leva-me aos parques da infância,
Aos saudosos jardins da inocência,
A essas árvores cuja distância
Apagou o perfume da essência...
Eu preciso nadar na fragrância
Das passadas lagoas da Crença
Da criança assistida em constância
Aspirando às lições da decência...
A Grande Árvore gris da Ciência
Me mostrou a maçã da ganância
E queimou os rosais da prudência...
Papai, desce e me abraça em clemência
E seguindo os teus passos em ânsia,
Subiremos os dois à Inocência.