TERRITÓRIO SOMBRIO
A garra da morte me estrangula,
Rasga a minha fina jugular,
Me leva ao território sombrio, insular,
E arranca a alma da carne com gula.
Na frieza pasmosa,o sangue coagula,
O cérebro deixa de ser o meu lar,
Entra em estado letárgico, crepuscular,
E estranhamente a vida infecunda e a morte ovula.
Sobre minha carne, o esporo de fungo germina,
A lenta vida começa onde a minha termina,
Me quebrando,alastrando o gás malcheiroso,
E a morte tem finalmente sua missão comprida,
Ao deixar essa pobre miserável no chão estendida
Esquecida abaixo do solo pesado, profundo e lodoso.