TALVEZ...

Chuva caindo. Ténue mas persistente.

Não a senti, só minha alma ela orvalhou

e as flores, que estavam perto, desfolhou.

A minha alma, se aguentou...resistente!

Mas a chuva persistiu teimosa, insistente;

e meu coração, por mais frágil, se molhou.

Carente, triste e sofredor, para mim olhou.

Olhar sem cor, como se já fora inexistente!

Minha alma comigo está... altiva e forte.

Corajosa, tenaz, impele-me p’ra diante...

Faço dela o meu escudo, o meu suporte!

Talvez meu coração surja enfim radiante.

Talvez com a chuva eu já não m’importe

e vá em busca... dum Amor irradiante!

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 02/03/2007
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