TALVEZ...
Chuva caindo. Ténue mas persistente.
Não a senti, só minha alma ela orvalhou
e as flores, que estavam perto, desfolhou.
A minha alma, se aguentou...resistente!
Mas a chuva persistiu teimosa, insistente;
e meu coração, por mais frágil, se molhou.
Carente, triste e sofredor, para mim olhou.
Olhar sem cor, como se já fora inexistente!
Minha alma comigo está... altiva e forte.
Corajosa, tenaz, impele-me p’ra diante...
Faço dela o meu escudo, o meu suporte!
Talvez meu coração surja enfim radiante.
Talvez com a chuva eu já não m’importe
e vá em busca... dum Amor irradiante!