Um segredo exilado
Um chorar de criança ao vê-la, assim, perdida
paisagem sequestrada em plena luz do dia
Que assentada queimava a esperança sofrida
Tenra face marcada em versos de agonia
Seu destino me olhava aclamando um futuro
Preso àquele presente em constante passado...
Do meio ele aparece ainda prematuro
E dele cresce o mesmo escuro estruturado
Quem sabe um verso alado escondido na história
Prefulgure o sentido em salvar o poema
Sem métrica, sem tema a versar uma glória
Não há chave, nem linha a olhar para algema
Ao querer que em si pode encontrar o segredo
Estampado na vida e esculpido em degredo.