ALASCA

Quando para o outro lado passamos,

A carne quente se rende à nevasca,

E na tumba apodrece a casca,

Com as baratas,fungos e ramos.

Quando não mais andamos,

Se deve a morte sangrenta e carrasca,

Que com toque preservo atrás o Alasca,

E caímos no abismo e jamais nos levantamos.

Nas entranhas desconhecidas da terra,

Toda jornada finda, eternamente se encerra,

E sob as ações humanas descem os véus góticos.

Tudo que se fez em vida é esquecido,

E a morte passa a ser o descanso merecido,

Aos que foram em vida,bondosos ou diabólicos.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 06/11/2012
Reeditado em 22/01/2015
Código do texto: T3971650
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