SOL NEGRO

Meu sol negro perece no norte,

No céu ondulado,de extinta firmeza,

Em que serpenteia a névoa azul turquesa,

Nas terras vastas do domínio da morte.

No sol há um profundo corte,

Por onde jorra um véu de tristeza,

Mas esse lugar de estranha natureza,

Tem mais mistério com uivo sombrio o coiote.

É um mundo, vago,de solidão e medo,

Só a alma que vaga partilha do seu segredo,

Aprisionada na senda adornada por montes.

Óh,o sol negro da noite, porque não brilha,

Para a senda cumprida em que vaga a filha,

Com os olhos ofuscados para todos os horizontes?

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 03/11/2012
Reeditado em 22/11/2012
Código do texto: T3967301
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.