SOL NEGRO
Meu sol negro perece no norte,
No céu ondulado,de extinta firmeza,
Em que serpenteia a névoa azul turquesa,
Nas terras vastas do domínio da morte.
No sol há um profundo corte,
Por onde jorra um véu de tristeza,
Mas esse lugar de estranha natureza,
Tem mais mistério com uivo sombrio o coiote.
É um mundo, vago,de solidão e medo,
Só a alma que vaga partilha do seu segredo,
Aprisionada na senda adornada por montes.
Óh,o sol negro da noite, porque não brilha,
Para a senda cumprida em que vaga a filha,
Com os olhos ofuscados para todos os horizontes?