MAR DAS OBSCURIDADES

Óh,morte,para onde vão seus escravos

Quando abandonam os seus cadáveres,

Se tornam efígies frigidas de mármores

Ou espíritos ardentes por seus gestos bravos?

Óh,morte para onde vão seus escravos?

Será que eles descansam as sombras das árvores,

Ou nas sombras dos profundos cárceres,

Açoitados pelos pedicelos dos fétidos dos cravos?

Por que seus caminhos são cheios de chaves?

Será que em suas terras, navegam as almas suaves

Gozando da vida eterna nas altitudes dos lares?

Será que até as santas almas e as sujas se escondem covardes,

Cheias de pavor, afundadas no mar das obscuridades,

Nutrindo a esperança de um dia flutuarem nos ares?

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 02/11/2012
Código do texto: T3965073
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