MAR DAS OBSCURIDADES
Óh,morte,para onde vão seus escravos
Quando abandonam os seus cadáveres,
Se tornam efígies frigidas de mármores
Ou espíritos ardentes por seus gestos bravos?
Óh,morte para onde vão seus escravos?
Será que eles descansam as sombras das árvores,
Ou nas sombras dos profundos cárceres,
Açoitados pelos pedicelos dos fétidos dos cravos?
Por que seus caminhos são cheios de chaves?
Será que em suas terras, navegam as almas suaves
Gozando da vida eterna nas altitudes dos lares?
Será que até as santas almas e as sujas se escondem covardes,
Cheias de pavor, afundadas no mar das obscuridades,
Nutrindo a esperança de um dia flutuarem nos ares?