O ROSTO
Procurei na varanda, erguida a tela,
O quadro na parede. Um rosto havia
A óleo em alto relevo, à luz do dia,
Renascentista obra em aquarela.
Pura obra de arte era aquela,
Como de Monalisa a face pia,
Imitava no olhar Santa Luzia
A chorar ou sorrir o rosto dela.
Não vi. E nem Da Vince enfim dissera
A mim que fim levara a tal figura
Cujo olhar me seguia pela sala.
Na parede outro rosto era quimera.
Era o vulto invisível da loucura,
Era ela dizer-me agora: “Fala!”
_______________
> pia > latim> piedosa.
Procurei na varanda, erguida a tela,
O quadro na parede. Um rosto havia
A óleo em alto relevo, à luz do dia,
Renascentista obra em aquarela.
Pura obra de arte era aquela,
Como de Monalisa a face pia,
Imitava no olhar Santa Luzia
A chorar ou sorrir o rosto dela.
Não vi. E nem Da Vince enfim dissera
A mim que fim levara a tal figura
Cujo olhar me seguia pela sala.
Na parede outro rosto era quimera.
Era o vulto invisível da loucura,
Era ela dizer-me agora: “Fala!”
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> pia > latim> piedosa.