SOL CASTANHO DO SERTÃO

Naquele estradão vermelho que do sertão é inerente

Passam rebanhos inteiros, passam tropas e boiadas

Passam os carros cargueiros gente de mãos calejadas

Uns que vão se retirando outros chegando contentes

Ao longe o sol castanho da tarde de primavera

Prenuncio do anoitecer, lá pros lados das montanhas

Seu clarão vai se ofuscando, más a beleza é tamanha

Sendo a expressão da luz naquela estada de terra

Famílias empoeiradas na imensidão vermelha

Vão pra perto do cimento e ver um sol fumarento

Na poluição do centro derredores da cidade

Não verão no entardecer o sol castanho que espelha

E as noites de primavera que traz o cheiro no vento

As montanhas recebendo o sol no final da tarde

(Idal Coutinho)

IDAL COUTINHO
Enviado por IDAL COUTINHO em 05/10/2012
Reeditado em 05/10/2012
Código do texto: T3917092
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