Soneto de Paula II
Aquela coisa nossa,
durou tão pouco!
E como pode marcar tanto?
Como pode?
Se amor se constrói com o tempo.
Mas não, não fora amor.
E sim paixão, daquelas voraz com alma.
Pena aflorar apenas num peito.
Mesmo com tamanha intensidade,
Aquela cumplicidade instantânea,
E o toque quente dos dois corpos.
As confidências de todas as noites.
Por que o tempo passou e eu fiquei?
Hoje feliz, embora distante de ti.