Sou poeta vagabundo
Sou poeta do mundo, vagaroso
Nada faço nas horas madrugadas
Ações minhas, em séculos, passadas
Vontade vaga acima do pescoço
Vago, poeta, errante pela Terra
Que gira um dia inteiro sobre si
Quando começo, volto pro meu fim
Depois de um dia vago, a noite encerra
Da aurora ao sol poente, como ventos
Refrescando por dentro minha sede
Por palavras poéticas, rebentos
Filhos deste poeta no meu mundo
Imaginando inerte em minha rede
Letras deste poeta vagabundo.