VINHO SUAVE

O vinho suave que cruzava na sua veia,

Derramou até sustar no chão,

Trouxe chuva a minha visão,

Envolveu meu coração em negra teia.

O vinho que a terra anseia,

Pingou, pingou até a exaustão,

Você desceu a falecida mansão,

E a morte sorveu o vinho na lúgubre ceia.

O vinho suave, rubro servido na taça,

Foi certeza dolorosa da desgraça,

Pois ancorou no brumoso porto .

Não restou gota,pingo do vinho,

Ai!Como se tornou seco o meu caminho,

Quando o vinho evadiu do seu corpo morto.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 16/09/2012
Código do texto: T3884746
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