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PRÁXIS [CCCLVI]
 

O bom senso me pede o que pondero
e, por vezes, pondero e já me excedo;
mil razões me convidam ser mais ledo,
mas, também, certas vezes vocifero.
 

Minha práxis quer longe um lero-lero;
tenho, pois, o dever de não ter medo.
De angus mornos, feliz, já parto cedo,
que panelas ferventes o que eu quero.
 

Num relance, açodado, um pé atrás,
lá prossigo, medindo as causas primas,
como um douto pensante ser não age.
 

Não dou posto nem teto ao que, falaz,
mais não caiba cabal nas minhas rimas,
que as mais nobres bebi-as no Bocage.


Fort., 12/09/2012.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 12/09/2012
Reeditado em 12/09/2012
Código do texto: T3878034
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