A Preguiça
A preguiça é um verme descansado
Nada mais lhe apetece ou dá prazer
No leito de repouso, adormecer
É seu desejo, seu mortal pecado
Qualquer esforço pra ela é torturante
Levantar-se, embora não aguente
Só na hora do repasto ou aguardente
A preguiça, da gula, é seu amante
Todo caminhar pra ela é passo eterno
Ela conta um, dois, três e descansa
Meia hora caminhando é longo inverno
A preguiça só acorda e dorme tarde
O tempo passa e cresce sua pança
Passa a vida, mas ela sem vontade.