MIRAGEM PARANÓICA
Sou olhos de quem vê e boca que te come;
Na areia da ampulheta teu destino!
É o escorrer lento e sem nenhum nome,
Na miragem das horas do teu ensino!
O tempo que recolho - em ti clausuras,
Milênios de sóis em dinastias...!
E tão presa como tu és nas loucuras;
Curo a vida com morte as heresias!
Venha mirando o fim imaginário,
Suba até a cruz do monte calvário,
Chore a imensidão destes sonhos ateus!
Deixe um pouco de ti em minhas saudades,
Soprada areia ao vento em tempestades,
Eu me transformarei num único adeus!