MIRAGEM PARANÓICA

Sou olhos de quem vê e boca que te come;

Na areia da ampulheta teu destino!

É o escorrer lento e sem nenhum nome,

Na miragem das horas do teu ensino!

O tempo que recolho - em ti clausuras,

Milênios de sóis em dinastias...!

E tão presa como tu és nas loucuras;

Curo a vida com morte as heresias!

Venha mirando o fim imaginário,

Suba até a cruz do monte calvário,

Chore a imensidão destes sonhos ateus!

Deixe um pouco de ti em minhas saudades,

Soprada areia ao vento em tempestades,

Eu me transformarei num único adeus!

Setedados
Enviado por Setedados em 03/09/2012
Reeditado em 03/09/2012
Código do texto: T3864172
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