RIO DA INFÂNCIA
Nas águas mansas de um rio distante
Que se perdeu no vídeo da memória,
Eu escondi um tempo cintilante
Da minha vida e da minha história.
Tempo que o tempo me tomou da infância
- As brincadeiras, os sonhos e encantos,
E me deixou dentro do peito a ânsia
Que ainda se soma aos meus desencantos.
Hoje os meus olhos choram aquelas águas,
Num pranto morno sem rancor ou mágoas
Daquele tempo que o tempo levou.
E o que me resta? Somente a saudade,
Para acalmar toda essa tempestade,
Que por engano minh’alma guardou.
ALMacêdo
03/02/2012