RIO DA INFÂNCIA

Nas águas mansas de um rio distante

Que se perdeu no vídeo da memória,

Eu escondi um tempo cintilante

Da minha vida e da minha história.

Tempo que o tempo me tomou da infância

- As brincadeiras, os sonhos e encantos,

E me deixou dentro do peito a ânsia

Que ainda se soma aos meus desencantos.

Hoje os meus olhos choram aquelas águas,

Num pranto morno sem rancor ou mágoas

Daquele tempo que o tempo levou.

E o que me resta? Somente a saudade,

Para acalmar toda essa tempestade,

Que por engano minh’alma guardou.

ALMacêdo

03/02/2012

Antonio Luiz Macêdo
Enviado por Antonio Luiz Macêdo em 16/08/2012
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